Entenda por que o exercício não é apenas seguro, mas também terapêutico no cuidado de pacientes oncológicos, e como ele pode impactar diretamente a sobrevida, a qualidade de vida e a resposta ao tratamento.
Embora ainda surpreenda muitas pessoas, o exercício físico já é reconhecido como uma ferramenta terapêutica de grande impacto no contexto do tratamento do câncer.
Em alguns casos, os efeitos da prática estruturada de atividade física são comparáveis, ou até superiores, aos de medicamentos utilizados isoladamente.
Um estudo recente, publicado no New England Journal of Medicine, acompanhou cerca de 900 pacientes com câncer de cólon por mais de sete anos.
Os resultados foram expressivos: pacientes que seguiram um programa estruturado de exercícios iniciado após a quimioterapia apresentaram maior tempo livre de doença, menor risco de recidiva e melhor qualidade de vida.
Mais impressionante ainda, houve uma redução de 37 por cento no risco de morte em comparação com o grupo que recebeu apenas orientações gerais sobre estilo de vida.
Esses números colocam o exercício no mesmo patamar de importância que diversas terapias farmacológicas, especialmente quando prescrito de forma individualizada, com atenção ao estágio da doença, ao tipo de tratamento em curso e à capacidade funcional do paciente.
O exercício físico ajuda a preservar a massa muscular, manter o metabolismo ativo, reduzir a inflamação sistêmica e melhorar o funcionamento cardiovascular e imunológico.
Esses são fatores decisivos para enfrentar o câncer com mais segurança e maior resposta clínica.
É fundamental que a prescrição de exercícios para pacientes com câncer seja feita com acompanhamento profissional, respeitando limitações e objetivos específicos de cada caso. Longe de ser contraindicado, o exercício deve ser compreendido como parte integrante da estratégia terapêutica no cuidado ao câncer.
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